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Accident de Travail, mort et fatalité

Dissertation : Accident de Travail, mort et fatalité. Recherche parmi 300 000+ dissertations

Par   •  11 Juin 2013  •  317 Mots (2 Pages)  •  1 397 Vues

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ACIDENTE DE TRABALHO, MORTE E FATALISMO

Izabel Cristina Ferreira Borsoi

Universidade Federal do Ceará

RESUMO: Este artigo se propõe discutir a atitude fatalista diante do acidente de trabalho e da morte. Toma

como suporte empírico a representação que trabalhadores acidentados na construção civil constroem acerca

daqueles eventos. Parte de um conjunto de entrevistas com seis trabalhadores que se encontravam afastados do

trabalho por invalidez decorrente do acidente. A análise realizada busca mostrar que os indivíduos tendem a

construir explicações e justificativas a partir de uma perspectiva fatalista de modo a poderem aceitar e conviver

com o medo do acidente e da morte ou com a dor da perda. Argumenta também que a atitude fatalista, não

pode se modificar apenas com a tomada de consciência, por parte dos trabalhadores, de que acidentes e mortes

no trabalho estão relacionados a condições precárias de trabalho. Para modificarem suas atitudes, seria

necessário, também, que experimentassem novas condições de vida e trabalho, podendo, assim, construir uma

nova concepção de mundo e de vida.

PALAVRAS-CHAVE: morte, acidente, fatalismo, trabalho.

WORK ACCIDENT, DEATH AND FATALISM

ABSTRACT: This article proposes a discussion about the fatalistic posture adopted when a worker faces work

accidents and death. It has its empirical support on the representation which injured construction workers

create about these events. The study was based on interviews made with six workers who were unable to return

to work due to the disability caused by accidents. The accomplished analysis intends to show that the individuals

create explanations and justifications based on a fatalistic perspective. This way of thinking enables them to

accept and to live with the fear of accidents and death, or with the pain caused by a loss. It also argues that the

fatalistic attitude cannot be modified only by understanding that accidents and deaths that happen at the work

environment are related to its precarious conditions. In order to change this attitude, it would be necessary to

experience new conditions of life and work, so that the workers would be able to create a new conception.

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