Islão E Política Na Malásia - étude en espagnol
Commentaire d'oeuvre : Islão E Política Na Malásia - étude en espagnol. Recherche parmi 300 000+ dissertationsPar Lamarana • 3 Décembre 2014 • Commentaire d'oeuvre • 701 Mots (3 Pages) • 760 Vues
A Malásia é um Estado federal, situado no Sueste Asiático, composto por dois territórios: o sul da península Malaia, que compreende também as ilhas adjacentes; e a parte territorial situada no norte da ilha de Bornéu.
A Malásia tem sido um lugar de confluência de religiões e culturas. É, portanto, uma realidade multifacetada e complexa. Neste contexto, o Islão tem vindo a desempenhar uma função particular, na medida em que influencia também a esfera política. O Islão é a religião oficial do Estado e é professado pela maioria da população.
Tal como a Indonésia, a Malásia é um Estado de maioria muçulmana. Mas, ao contrário da Indonésia, a Malásia pratica abertamente uma política islâmica.
Neste trabalho pretendo mostrar algumas das características do Islão na Malásia, sem perder de vista as generalidades que se vinculam com a essência do mundo muçulmano.
Para começar, farei uma breve explicação acerca das vias de implementação do Islão na Malásia. Posteriormente, farei uma abordagem às tendências islâmicas contemporâneas, aos partidos existentes e aos dirigentes actuais.
Palavras-chave: Islão, Política, Malásia.
A introdução do Islão na Malásia não é datada de forma precisa. Contudo, sabe-se que o monumento islâmico mais antigo na região é o minarete de Trengganu, cujas inscrições remontam ao ano de 1303 da Era cristã. A religião espalhou-se na península durante o sultanato de Malaca (1402-1511).1
A Malásia é um Estado multicultural e multiétnico, composto por cerca 67,4% de malaios (de etnia malaia), 24,6% de chineses, 7,3% de indianos e 0,7% de outros indígenas. A população actual é composta por cerca de 29,5 milhões de habitantes.2 Cerca de 60% da população é muçulmana. O Islão é a religião oficial do Estado, porém a constituição garante a liberdade de culto de outras religiões e proíbe o proselitismo do Islão.
A Malásia é constituída por 13 Estados e 3 territórios federados. Exceptuando Melaka, Penang, Sabah, e Sarawak, os restantes 9 Estados malaios são sultanatos, regidos por sultões de linhagem hereditária. Os sultões são também chefes religiosos.
O sistema político da Malásia é uma monarquia constitucional (de sufrágio universal), sendo o rei eleito a cada 5 anos, pelas famílias dinásticas dos sultanatos. O papel do rei é de ordem simbólica.3 O verdadeiro detentor do poder é o Primeiro-ministro (actualmente Najib Tun Razak, desde 2009).
A primeira eleição geral, em 1955, foi vencida por uma coligação de partidos baseada em critérios étnicos. O Barisan Nacional (BN ou Frente Nacional) tem ganho desde então as eleições gerais. No entanto, existem 13 partidos políticos na coligação, E o BN está, na verdade, dominado pelo UMNO (o partido maior e mais rico da coligação), que representa os malaios e o Islão. O presidente e o vice-presidente do UMNO converteram-se automaticamente em presidente e vice-presidente do país, respectivamente. Os outros 3 maiores partidos da coligação são: o MCA (Associação Chinesa Malaia), o GRM (Gerakan Raykat Malásia) (oficialmente multirracial mas basicamente chinês) e o MIC (Congresso Indiano Malaio).4
A Malásia não é um Estado islâmico, na medida em que a constituição não o reconhece como tal, nem um Estado laico, visto que pratica a sharīʿah.
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